
Mais da metade dos brasileiros tem falta de vitamina D — e você pode ser um deles
Mais da metade dos brasileiros está com os níveis de vitamina D abaixo do ideal, mesmo vivendo em um país tropical, cheio de sol.
O dado impressiona — e preocupa — porque os sinais dessa deficiência, embora silenciosos, estão presentes no cotidiano de muita gente: fadiga constante, dores inexplicáveis, quedas frequentes na imunidade.
O problema pode estar na sua rotina, nos seus hábitos ou até na alimentação. E você, já parou para pensar se pode estar entre os milhões de brasileiros com vitamina D baixa?
Você tem sentido isso?
- Anda mais cansado do que o normal, mesmo dormindo bem?
- Já teve resfriados seguidos e sem motivo aparente?
- Sente dores musculares sem ter exagerado em exercícios?
- Percebe que seu humor ou memória não estão como antes?
Essas podem ser pistas de que algo não vai bem com seus níveis de vitamina D. E sim, é mais comum do que você imagina.
Por que a vitamina D é tão importante?
Você já ouviu que a vitamina D é “a do sol”. Mas ela é muito mais do que isso. Funciona como uma chave que ativa processos fundamentais no corpo.
Veja 10 benefícios essenciais da vitamina D identificados pelos especialistas:
- Fortalece a imunidade: ajuda o corpo a se defender de vírus e infecções.
- Melhora o humor: regula a serotonina, dopamina e noradrenalina, afetando bem-estar, sono e apetite.
- Protege ossos e dentes: aumenta a absorção de cálcio e fósforo.
- Previne doenças cardíacas: melhora a circulação e regula a pressão arterial.
- Ajuda no controle da diabetes tipo 2: atua na sensibilidade à insulina.
- Reduz inflamações: tem papel anti-inflamatório e protetor neurológico.
- Melhora a força muscular: reduz risco de perda de massa muscular.
- Aumenta a memória e a cognição: atua na saúde cerebral e prevenção de demência.
- Tem efeito anticâncer: modula genes e células ligadas ao surgimento de tumores.
- Pode ajudar em doenças autoimunes: como artrite, lúpus e tireoidite.
Quais são os sintomas mais comuns de deficiência de vitamina D?
- Fadiga crônica: sensação de cansaço persistente, mesmo com descanso.
- Dores musculares e fraqueza: desconfortos que não têm relação com esforço físico.
- Imunidade baixa: gripes frequentes, infecções recorrentes.
- Dores articulares e ósseas: incômodos nos joelhos, quadris e coluna.
- Ansiedade e depressão: alterações de humor ou desânimo constante.
- Perda de memória e concentração: esquecimentos, dificuldade de foco.
- Insônia ou sono agitado: dificuldade para dormir ou sono não restaurador.
- Perda de cabelo: em alguns casos, queda intensa pode estar relacionada.
Esses sintomas muitas vezes são atribuídos ao estresse, idade ou rotina puxada. Mas podem estar gritando por vitamina D.
Apesar do sol, o Brasil vive uma epidemia silenciosa de falta de vitamina D. Segundo um estudo com mil pessoas entre 18 e 45 anos, mais da metade apresentou níveis abaixo do ideal. E isso no verão.
Muitas pessoas passam o dia em ambientes fechados, sem exposição solar direta, o quando saem, o excesso de protetor solar impede a absorção dos raios UVB necessários para produzir vitamina D na pele.
A falta de tempo, segurança ou espaços adequados para tomar sol, além de mudanças climáticas e regiões menos ensolaradas: Sul e Sudeste enfrentam dias nublados e frios. Por fim, poucos alimentos comuns na dieta brasileira são ricos nesse nutriente.
Adicionado a tudo isso, um outro fator cultural: o medo excessivo do sol e o uso indiscriminado de filtros solares como “banho de protetor”, o que bloqueia completamente a produção natural de vitamina D.
Como garantir bons níveis de vitamina D?
O sol é a principal fonte de vitamina D — e o corpo precisa de exposição direta para produzir esse nutriente.
Especialistas recomendam:
- 5 a 10 minutos por dia, sem protetor solar
- Entre 10h e 15h, com braços e pernas expostos
- Proteger o rosto (mais sensível) e, após esse tempo, aplicar protetor nas outras áreas
Alimentos fontes de vitamina D
Alguns alimentos podem complementar a produção:
- Salmão selvagem
- Gema de ovo
- Atum em lata
- Fígado bovino
- Cogumelos expostos ao sol
- Leites e cereais fortificados
Mas é difícil atingir os níveis ideais apenas com alimentação.
Quando suplementar Vitamina D?
Se a exposição ao sol é insuficiente ou os sintomas já apareceram, o médico pode indicar suplementação. O suplemento não depende do sol para funcionar, e é especialmente útil para:
- Idosos
- Pessoas com pele mais escura
- Quem tem doenças crônicas
- Quem fez cirurgia bariátrica
- Pessoas com dificuldades de absorção intestinal.
Perguntas frequentes Sobre Vitamina D
Posso tomar suplemento e não pegar sol?
Sim. A suplementação funciona independentemente do sol, mas consulte um médico antes.
Qual o melhor horário para pegar sol?
Entre 10h e 15h, por 5 a 10 minutos. Evite exageros e sempre proteja o rosto.
Quais alimentos têm vitamina D de verdade?
Salmão, atum, gema de ovo, fígado, cogumelos e alimentos fortificados.
É perigoso tomar muita vitamina D?
Sim. O excesso pode causar intoxicação, por isso o ideal é sempre com acompanhamento médico.
Crianças e idosos precisam de mais vitamina D?
Sim. Ambos têm maior risco de deficiência e podem precisar de suplementação específica.
Tem como saber se estou com deficiência sem exame?
Os sintomas podem indicar, mas o diagnóstico só é confirmado por exame de sangue.
Um solzinho por dia pode ser o começo de uma nova rotina de saúde
Se você chegou até aqui, já deu um passo importante.
A falta de vitamina D é um problema real, comum e silencioso — mas que pode ser prevenido com pequenas escolhas no dia a dia.
Tomar alguns minutos de sol, incluir alimentos ricos em vitamina D ou consultar seu médico para verificar a necessidade de suplementação são atitudes simples, mas com impacto profundo na sua saúde.
Mais do que manter ossos fortes, essa vitamina participa da regulação do humor, da energia, da imunidade e até da função cerebral. Isso mesmo: o que você faz hoje — com o prato, o sol e a rotina — pode ajudar a proteger seu corpo e sua mente no futuro.
Aliás, se o assunto memória e prevenção de doenças neurodegenerativas te interessa, você vai gostar do nosso próximo conteúdo.
Por isso, leia agora: 4 alimentos que previnem o Alzheimer (e como incluí-los na sua rotina).
Porque cuidar do seu cérebro também começa pela alimentação. E quanto antes, melhor.